É isto o que a comunidade de gente do norte tem vindo a fazer para mitigar a adversidade dum conterrâneo que sofre de cancro e se encontra sem poder angariar fundos para sustentar a família e não só porque evidentemente também terá que suportar parte das despesas em muitos medicamentos na luta para sobreviver e recuperar a saúde.
O nome deste nosso compatriota é Diamantino Oliveira de Brito, tem 41 anos, casado e com três filhos estando a residir em Cristelo, Paredes de Coura, em Portugal.
Assim as gentes do Minho a residir aqui no Ontário e pela voz de alguns dos clubes e associações com raízes daquela região de Portugal, criou uma onda de solidariedade junto dos Amigos do Minho, Associação Cultural do Minho, Estrelas do Norte, Casa dos Poveiros e Arsenal do Minho na coleta fundos para serem canalizados para o Diamantino a fim de lhe aliviar o sofrimento e na aquisição de muitos medicamentos e, quiçá, de possíveis tratamentos pois não é portador de apólice privada de saúde que cubra as despesas da doença mas também no que concerne à falta de salário ou rendimentos.
Sensibilizada a comunidade minhota começou, semanas atrás, a entregar donativos e a organizar festas cujo lucro está a ser canalizado para aquela família. A mais recente, pela iniciativa de Madalena Varajão, (vizinha da família carenciada) e com a ajuda de Alexandrina Barreiro, Manuel Pinto, Manuel Silva, Augusto Bandeira, Manuel Gaspar, Maria Gil e claro, do Arsenal do Minho de Toronto, organizaram uma festa na sua sede social do Arsenal do Minho no passado dia 25 de Novembro, que contou com a presença de cerca de 250 pessoas. No final da noite mais de 15 mil dólares tinham sido arrecadados incluindo dádivas de algumas firmas da nossa praça.
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Este arraial bem minhoto esteve bem animado com musica para se "abanarem" (não fosse esta gente do norte...), actuação das concertinas do Arsenal e doutros elementos vindos doutras agremiações culturais ali deram "liberdade às suas ganas" de manusear aquele instrumento das concertinas não faltando os cavaquinhos, reco-reco, violas e os ferrinhos. E assim uma multidão lotou a pista de dança para dançar os viras, chulas e outros trechos tradicionais do Minho. Foi até, como se ousa dizer, "cair de exaustão".
A comida, tipo bufete, não faltou até pelo contrário, com fartura de bifanas, filetes de peixe, frango, rojões, feijoada à transmontana e outras iguarias de fazer crescer água na boca do mais "sisudo" palato, onde nem os doces estiveram ausentes, tudo oferecido por diversos restaurantes, churrasqueiras e pastelarias da nossa comunidade.
Pela noite, nos intervalos das danças (para se descansar os calcanhares) realizaram-se leilões (ou arrematações) de objectos ofertados por amigos e benfeitores.
Como Mestre-de-cerimónias, desta festa, esteve, e muito bem, como sempre, ao cuidado do director Manuel Marques.
Uma obra de fraternidade por alguém que se encontra, pelas vicissitudes da vida, em situação muito precária e o povo do Minho, inserido na nossa comunidade, não podia "assobiar para o lado", e, mais uma vez, com este gesto de amor ao próximo, "gritou" - Presente!
Deixamos aqui as nossas preces para que o Divino tenha complacência deste nosso irmão sofredor que, neste preciso momento da vida, se encontra numa situação muito difícil e sem meios de sustentar a família.
Para o Arsenal do Minho, seus directores e associados e na generalidade as gentes do Norte queremos deixar aqui as nossas palavras de carinho pela obra que puseram nos ombros nesta festa de beneficência. Bem haja.
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